segunda-feira, 12 de julho de 2010

A história do cavalo

Na festa junina da Favinho, uns cavalinhos faziam a festa da criançada. Podia-se passear de charrete, na rua toda. Rosa não quis, ficou com medo. Insisti, mas quando chegamos perto dos cavalos ela agarrou no meu pescoço e disse que não queria de jeito nenhum.
Pois bem, ela se arrependeu. Não parou de falar no assunto. A qualquer instante, sem mais nem menos, ela voltava ao acontecimento:
- Não quisse andá no vavalo. Vavalo amigo! Não quisse andá.
Eu sempre falava pra ela não se preocupar que nós iríamos andar, depois.
Na festa junina da rua do titio Lucas, os brinquedos típicos faziam a festa da criançada. Ela logo quis ir no pula pula e ficou com vontade de andar nos cavalinhos. Aqueles de carrocel. Mas era só chegarmos perto que ela mudava de ideia, dizia que não queria, que queria pular.
Dessa vez eu insisti mesmo. Fomos primeiro no trenzinho, pra tirar o medo. Coloquei ela no colo, ela foi quaser chorando, mas depois de começarmos a rodar, amou!
Aproveitei a empolgação e fui direto pro cavalinhos. O papai foi segurando ela, em pé, ao lado cavalinho. Ela também resistiu no início, mas gostou.
Depois ficou só falando que andou no vavalo, que ele é amigo.
Sábado agora fomos visitar a dinda e o dindo. Eles moram pertinho da praça dos cavalinhos, onde tem várias charretes pra passear com as crianças. Disse a ela que iríamos andar no cavalo. Ela ficou toda empolgada. Porém, chegamos tarde e quando fomos à praça não tinha mais nada. Falei à ela que os cavalinhos já tinham ido embora, que eles estavam dormindo.
Agora ela fala nisso toda hora:
- Não viu o vavalo, tava mimindo. Osa vai vê otro dia, o vavalo. Vavalo amigo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário